Obrigado a mudar para pior

O Inter teve um início de jogo apático e irreconhecível, muito devido à maneira desinibida como o Rubin Kazan encarou esta partida, impressionando com a sua entrada empolgante e pragmática. A partir do golo do empate, que surgiu contra a corrente do jogo, foi possível observar um Inter diferente, mas muito longe daquele que já praticou bom futebol esta época… Sinceramente, por tudo o que se desenrolou durante os 90 minutos, este foi um empate que soube a pouco para a equipa da casa, garanto-vos que este Rubin Kazan irá dar muito que falar nesta edição da Champions League!

Os ataques do Inter de Milão foram, constantemente, canalizados pelo flanco direito, aproveitando a muita qualidade de Maicon, mas dando uma dinâmica previsível à equipa… Com o sistema que Mourinho utiliza parece-me um pouco ridícula a inclusão de Chivu na esquerda, sabe-se que este romeno não demonstra facilidades para ajudar no processo ofensivo, algo que se exige aos laterais perante esta forma de jogar e algo que, por exemplo, Maicon (lateral-direito) possui. Não seria, certamente, melhor colocar Santon no flanco esquerdo, tal como na época passada!? Com isto iriam ter um lateral-esquerdo adequado à forma de jogar e conseguiriam potenciar muito melhor o 4x4x2 losango. Para além disto, ficariam com uma dupla de centrais mais rápida e, fundamentalmente, mais completa, admitindo a inclusão de Chivu ao lado de Lúcio como é óbvio, posto isto seriam, sem qualquer dúvida, só vantagens! Domínguez é um avançado bastante rápido que gosta de jogar simples e que é, acima de tudo, virtuoso… Demonstrou a sua capacidade de explosão em vários lances durante todo o encontro, nomeadamente no lance do golo que é, simplesmente, uma jogada genial do argentino. Ele utilizou também e muito bem o facto de Samuel ter sido amarelado bastante cedo e de este também ser um pouco lento de movimentos. Caso a sorte não estivesse do lado da turma de Milão este conseguiria ser um jogo ainda pior!

A equipa russa defendeu sempre muito e bem, com imensos homens na sua própria área, mas é certo que também nunca deixou de se preocupar em atacar, sempre que podia ou que achava pertinente partia em contra-ataques rapidíssimos que, quase sempre, resultavam em lances bastante perigosos. Balotelli é, como todos sabemos, um jogador bastante temperamental, com a sua expulsão aos 60 minutos só prejudicou ainda mais o “jogar” da sua equipa, fazendo com que o Rubin acabasse o jogo em cima do Inter, encostando este bem atrás no terreno e dispondo de oportunidades de golo flagrantes para causar uma surpresa nesta 2ª Jornada da CL! Eto’o (sem o seu companheiro habitual na frente de ataque) e Mancini passaram, de forma incrível, ao lado do jogo, o 2º ainda acabou por ser substituído, mas o camaronês manteve-se em campo até ao final do jogo, foi óbvio que estes dois jogadores não tiveram muito espaço para conseguir colocar o seu espantoso futebol em prática, mas também não possuíram a quantidade certa de imaginação e de criatividade para provocar desequilíbrios, encontrando esses mesmos espaços, basicamente, este foi um jogo não para esquecer, mas sim para ultrapassar e aprender com ele!

Sem um verdadeiro número 10 e sem uma dupla de ataque entrosada o suficiente para permitir uma excelente dinâmica à equipa que está moldada num sistema táctico como este é muito mais difícil provocar desequilíbrios em posse no último terço do terreno e, apesar de isto não ser uma desculpa para a péssima exibição, é um facto que Mourinho pode utilizar em sua defesa! Para terminar, deixo só uma palavra de apreço a Karadeniz do Rubin Kazan, este ala-direito é um excelente jogador, fez imensos quilómetros durante todo o encontro, demonstrando um incrível poder de luta e de entrega ao jogo em prol da equipa e foi possível observar, igualmente, um bom posicionamento e pormenores técnicos assinaláveis…

Capacidade de sofrimento e crença acabam por vencer

MAS QUE JOGO - Haverá desporto mais espantoso!? O Manchester United venceu por 4-3 o seu rival Manchester City num jogo extraordinário e com uma diferença assustadora no rendimento das duas equipas nas diferentes partes da partida. Michael Owen e a sua equipa procuraram a felicidade e encontraram-na à passagem do minuto 96!

Durante todo o 1º tempo, o United não conseguiu surpreender o City, nem com o seu ataque posicional nem em transições rápidas, muito devido a uma circulação de bola lenta e a uma pouca mobilidade dos seus jogadores, é certo que também esteve sempre bastante lento a sair a jogar e foi completamente anulado pelo seu adversário durante os primeiros 45 minutos após o golo de Wayne Rooney. A equipa forasteira com Barry, Ireland e De Jong controlaram de uma forma fabulosa a zona intermediária e não deixaram os médios adversários ter a bola de forma concreta em zonas mais ofensivas. Tevez trabalhou imenso no último terço do terreno, ajudando no pressing e jogando também muito para a equipa, demonstrando toda a sua capacidade para ir à luta e o seu empenho, no 1º golo do Manchester City nota-se claramente esse espírito do argentino de 25 anos!

Ji Sung Park é tacticamente brilhante, não sendo dos mais evoluídos da sua equipa a nível técnico, é sem dúvida dos melhores a compreender o que deve fazer em todos os diferentes momentos do jogo, faz imensos quilómetros durante um encontro e faz esses mesmos quilómetros demonstrando qualidade em, praticamente, todos os seus movimentos… Fletcher, mesmo tendo marcado dois golos da sua equipa, não é nem nunca foi um jogador à altura para o 11 inicial do United na minha opinião, tem uma qualidade de passe assinalável e é bastante forte no jogo aéreo, mas em termos de posicionamento e de leitura do jogo deixa muito a desejar, não sendo também, nem de perto nem de longe, evoluído tecnicamente, sendo, sem qualquer dúvida, desajeitado em alguns movimentos… Kolo Touré dá uma segurança incrível a defender e demonstra também capacidade para ajudar no processo de construção da sua equipa! Tenho também de realçar a tão importante função de Rooney na equipa de Ferguson, ele é dos melhores avançados a jogar sem bola existentes no futebol europeu, abre espaços nas defesas contrárias com a sua enorme mobilidade e criatividade e permite nuances tácticas brilhantes ao “jogar” da sua equipa. Felizmente para o futebol, ainda não se nota a já longa idade de Ryan Giggs, a sua técnica, a sua inteligência e a sua qualidade de passe são, de facto, dignas de um jogador de TOPO, mas que prodígio galês… Evra fez também um jogo excelente, juntamente com Giggs no flanco esquerdo provocaram diversos desequilíbrios e deram muitas dores de cabeça a Micah Richards, estando inclusive os 3 primeiros golos da equipa da casa associados a este mesmo flanco. Nos últimos 30 minutos, o Manchester United mostrou a toda a gente a sua verdadeira capacidade ofensiva, circulação de bola fabulosa e veloz, trocas posicionais constantes, utilização eficiente dos flancos, bom entrosamento ofensivo, consistência técnica e táctica e uma não menos importante capacidade de sofrimento já depois dos 90 minutos, nunca perdendo o discernimento!

Mecanizações de uma equipa em transformação

Na noite passada foi possível observar uma entrada prometedora da equipa leixonense, mas que no fundo não passou disso mesmo, uma vez que durante a maior parte do tempo tivemos um Porto dominador, com muita e boa posse de bola e com variações de flanco constantes e desequilibradoras, feitas principalmente por Meireles e por Hulk de forma quase sempre brilhante…

Com Belluschi mais entrosado e mais rotinado já é possível afirmar com mais entusiasmo a sua enorme qualidade de passe, mas este argentino ainda está muito aquém das expectativas, tem que melhorar no pressing alto da equipa, algo que Lucho fazia bastante bem, devido ao seu fabuloso posicionamento e à sua capacidade de fechar espaços, demonstrando uma leitura de jogo digna de um jogador com enorme classe. Fernando Belluschi não pode também ser tão inconstante, terá que conquistar a massa associativa portista com o que sabe fazer de melhor, mas terá que fazê-lo em quase todos os momentos do jogo, dado que o argentino erra demasiadas vezes… Hulk, um mago bastante temperamental, não lhe estou a tirar nenhum mérito com o segundo adjectivo, uma vez que toda a gente sabe que o brasileiro tem uma capacidade enorme para desequilibrar quando tem a bola, mas uma evolução psicológica e táctica só melhoraria o seu rendimento, mas mesmo assim já se nota que existiu uma transformação no avançado, feita por Jesualdo como é óbvio, comparando com o Hulk da época passada! Rolando e Bruno Alves entendem-se bastante bem no sector mais recuado, mas é bem visível que possuem características bem diferentes, Rolando bem tenta fazer o que o Bruno faz, mas é muito lento a sair com a bola dominada e isso só prejudica o processo de construção, e mesmo nunca sendo rápido a executar consegue por vezes, por incrível que pareça, passar a bola ao adversário… O Leixões prometeu nos primeiros minutos, mas apresentou um futebol "fraquinho" durante o jogo e para agravar ainda mais a sua situação, a zona mais recuada mostrou-se bastante insegura… Jorge Jesus disse uma coisa importante há uns tempos: “Uma equipa defende como o treinador sabe e ataca conforme o orçamento permite!”, acho que isto diz muito da equipa leixonense. Com Radamel Falcão no ataque, um jogador virtuoso, o Futebol Clube do Porto ganha um excelente finalizador, tanto com o pé como com a cabeça e, fundamentalmente, consegue manter a enorme mobilidade que já vem sendo habitual no ataque portista!

Álvaro Pereira jogou apenas 45 minutos e conseguiu mesmo assim ser o obreiro de 3 golos da sua equipa, ele deu uma profundidade incrível ao seu flanco e com Laranjeiro e Zé Manuel muito apagados ele fez o que muito bem lhe apeteceu, juntamente com Varela ou Hulk, para a equipa da casa foi demasiado fácil desequilibrar pelas alas, também porque o outro lateral se chamava Benitez, que já mostrou não ser jogador para o Porto e que parece que também não o é para o Leixões, sempre muito inseguro e demonstra uma clara falta de motivação e confiança! Com o Leixões muito recuado e com o FC Porto a ganhar uma enorme confiança eu estava a prever mais uma goleada daquelas à antiga, mas os pupilos de Jesualdo abrandaram, também muito devido às substituições do professor, que no fundo são compreensíveis tendo em conta o jogo de terça em Londres, mas com este mesmo abrandamento na parte final do encontro foi possível à equipa visitante “pegar no jogo” e encostar o campeão nacional às cordas, nada que os dragões não conseguissem suster, mas ficou o aviso…

Não é preciso dominar para vencer, capítulo CITY

Esta tarde foi possível assistir a um jogo bastante táctico, mas capaz de me colocar a vê-lo com enorme interesse e atenção, é por este tipo de jogos que o futebol é fabuloso, venceu a equipa mais eficaz e a mais matreira!

Com a zona do meio-campo muito congestionada, as duas equipas tinham que demonstrar alternativas fazendo jus ao pragmatismo e à eficácia, assim sendo, o City numa das poucas vezes que chegou à área adversária fez o único golo da 1ª parte num lance de bola parada. Stephen Ireland e Gareth Barry, jogando à frente da defesa, são dois autênticos pilares desta equipa de Manchester, muito evoluídos tacticamente, com um controlo de bola excelente e um jeito peculiar para iniciar o processo ofensivo, sem dúvida que temos aqui um bom exemplo de que a boa técnica pode e deve servir de base à táctica! Adebayor, um avançado com características muito raras no mundo do futebol, está sempre no sítio certo, mas este sítio certo não se limita à grande área adversária, ele desce até ao meio-campo da sua equipa e ajuda no processo de construção, consegue segurar a bola de forma quase irreal e é inteligente o suficiente para perceber quando deve progredir com a bola dominada ou quando deve abrandar o ritmo de jogo e fazer um passe de forma segura para uma zona mais recuada.

Principalmente no primeiro tempo, o Arsenal teve bastantes dificuldades para decidir o desfecho das jogadas no último terço do terreno, sempre com dificuldades para realizar o último passe, com muita indecisão por parte dos homens mais avançados e com o seu adversário a fechar-se muito bem, mostrando uma defesa à zona muito sólida e agressiva, a única opção para penetrar na defesa do City era utilizar a velocidade nos flancos, mas quando Diaby, Bendtner ou mesmo Cesc tentavam o cruzamento a jogada acabava de imediato, dado que os centrais do Man.City demonstram uma segurança enorme no jogo aéreo… Basicamente, tivemos um Arsenal dominador e um City controlador, usando e abusando de ataques rápidos e defendendo de forma excelente… É notório que Cesc Fabregas está em baixo e é óbvio que a equipa de Wenger sofre com isso, não só pelo equilíbrio táctico que o espanhol permite, mas também pela capacidade que tem para entender a melhor forma de se colocar no meio-campo adversário para provocar desequilíbrios, é um tecnicista inteligentíssimo! Tenho também que deixar uma palavra de apreço para a boa entrada de Rosicky, não só pelo golo marcado, mas também porque deu uma maior criatividade ao processo ofensivo dos gunners, a entrada do checo deveria mesmo ter acontecido antes, uma vez que era visível a falta de um criativo na equipa forasteira, um homem capaz de decidir o melhor a fazer nos diferentes momentos do jogo e realizar tal coisa de forma brilhante! Nos últimos 15 minutos, o Arsenal mostrou a sua qualidade ofensiva, tendo encostado o City bem atrás, porém, esse mesmo balanceamento ofensivo custou-lhes muito caro, dado que a equipa da casa aproveitou os espaços para se lançar em contra-ataque e decidir realmente o jogo…

Valeu somente pela vitória

Finalmente posso dizer a palavra "vitória" num artigo sobre o nosso país! Esta noite tivemos um jogo muito intenso, com mais nervosismo por parte de ambas as equipas do que propriamente qualidade e inteligência, notou-se claramente que houve um Portugal menos dominador mas mais controlador e perspicaz, muito também devido ao facto de ter marcado um golo bastante cedo, a nossa selecção teria certamente este mesmo comportamento se tivesse concretizado uma das muitas oportunidades no jogo frente à Dinamarca, mas isso já faz parte do passado…

Com Ronaldo e Liedson na frente, dupla que não se entende na minha opinião, é notório que ambos querem demasiado a bola e também desejam ser eles os pontos de referência, quando assim é não se obtém uma dupla de ataque inteligente e eficaz mas perde-se completamente o potencial de dois jogadores importantíssimos… A Hungria esteve muito abaixo das expectativas, demonstrou que muito do seu jogo passa pela anulação do jogo adversário, criando assim uma ideia de destruição de princípios de jogo importantes e interessantes para o próprio ritmo de jogo, mas cada equipa tem o direito de se apresentar em campo como achar mais conveniente como é óbvio. Tenho também de assinalar que Portugal não fez uma grande exibição, longe disso, mas ao contrário de outros jogos, soube sofrer nas alturas certas e conseguiu concretizar pelo menos uma vez, talvez seja melhor assim do que conseguir dominar totalmente o jogo mas não vencer. A dupla de centrais nacional é espantosa, possuem uma capacidade de antecipação, desarme e impulsão muito acima da média e são os salvadores do nosso guarda-redes Eduardo que francamente não possui qualidade suficiente para ser titular na selecção das Quinas!

Este sistema de jogo demonstra bastantes aspectos positivos e algumas fragilidades como é normal, temos laterais propícios para este “jogar” e um meio-campo trabalhado, perspicaz e evoluído técnica e tacticamente, mas no entanto não temos uma dupla de ataque suficientemente entrosada e eficaz tal como referi em cima, o que se pode tornar crucial para este 4x4x2 em losango, isto são apenas suposições de um português que ficou bastante contente com o resultado, mas pouco confiante com a exibição apagada!

Os segredos da nossa selecção

Amanhã a nossa selecção de esperanças terá que enfrentar a Lituânia num jogo de apuramento para o Europeu de 2011… Depois de uma excelente partida contra a Irlanda do Norte, pena foi a vitória pela margem mínima, dado que os jogadores portugueses pecaram bastante na finalização, esperemos que amanhã os miúdos de Oceano estejam prontos para brilhar oficialmente!

Esta selecção deverá alinhar num 4x3x3 com Ventura na baliza, Ruben Lima a defesa-esquerdo, Miguel Vítor e Carriço a centrais e Tengarrinha na direita, apesar de este ser um central de raiz, no meio-campo deverão jogar Adrien Silva, André Santos e Castro e o tridente ofensivo, recheado de técnica, talento e explosão, será formado por Ukra, Fábio Coentrão e Yazalde! Não há dúvidas que temos jogadores fantásticos, com potenciais espantosos, com margens de progressão enormes, falta saber se isso será suficiente para garantir um lugar no Europeu de 2011, eu espero e acredito que sim! O nosso meio-campo é bastante lutador e é mais inteligente do que propriamente tecnicista, Adrien e André são dois médios com características bastante defensivas, que sabem ocupar muito bem os espaços, demonstram uma qualidade de passe fantástica, principalmente no passe longo, mas um pouco mais de agressividade não lhes faria mal, talvez com o decorrer da idade isso chegue, à frente deles temos um jogador formado no FC Porto e que actualmente é titularíssimo em Olhão, Castro é um típico “box-to-box”, capaz de aparecer muito bem nas duas áreas, com um “pulmão” invejável e com uma visão de jogo bem apreciável… A dupla de centrais é, de facto, excelente, não será muito atrevido dizer que será a nossa dupla de centrais no futuro, agressividade, excelente posicionamento, qualidade no desarme e no passe e forte personalidade são as marcas mais fortes destes dois prodígios! Ukra e Fábio Coentrão, pouco evoluídos tacticamente, é certo que já estiveram pior, mas mesmo assim ainda poderão e deverão melhorar, quanto à parte técnica são fabulosos, conseguem juntar uma enorme técnica à velocidade e à capacidade de explosão, demonstrando realmente que são capazes de tudo, principalmente de realizarem excelentes cruzamentos... Yazalde é um bom finalizador, mas dá-se melhor como 2º avançado ou então actuando numa ala, mas também tenho que referir que são essas suas deambulações que permitem algumas nuances tácticas interessantes à nossa selecção, uma vez que aquela zona mais ofensiva do terreno é rica em várias coisas e a grande mobilidade é uma delas!

Jovens Promessas

Kerlon, actualmente no Ajax.

Nome:
Kerlon Souza

Nacionalidade: Brasil
Idade: 21 anos (1988-01-27)
Clube: Ajax (E)
Posição: Avançado
Altura: 1.67m
Peso: 66 kg

Kerlon Moura de Souza nasceu em Ipatinga a 27 de Janeiro de 1988 e com apenas dezoito anos foi um dos destaques da formação do Cruzeiro! O mago de Ipatinga foi apelidado de foquinha por ter inventado o "drible da foca", que consiste em driblar os adversários carregando a bola com a cabeça. Após uma passagem rápida pelo clube da cidade de Verona, o Chievo, o brasileiro foi de novo emprestado pelo Inter de Milão, agora ao Ajax de Amesterdão!

Este avançado é um excelente jogador, muito criativo, recheado de técnica, bastante rápido e habilidoso, é sem dúvida uma das grandes promessas do futebol canarinho, mas está na altura de passar essa fronteira de promessa, ele tem um potencial enorme é certo, mas falta-lhe alguma disciplina táctica, ou seja, capacidade para compreender o que deve ou não fazer em determinadas situações no jogo. É muito curioso o facto de um jogador provido de tanta técnica e de pouca eficácia, tivesse acabado no campeonato que mais penaliza a técnica individual, tal como é a Serie A, mas esperemos que ele consiga mostrar o seu real valor na Holanda, um campeonato mais adequado a si. Resta saber se o período de aprendizagem que irá ter poderá fazer dele um jogador novo para assim trazer à equipa "nerazzurri" um toque de pura magia!